quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dor de Cabeça

Sinto. Logo tenho, constantemente inclusive. E uma dúvida me persegue... Pesará a cabeça uma tonelada?

Caramba, uma tonelada de massa encefálica, neurônios... Se isso significar inteligência, vou ter como desculpa para minha irritação uma rebeldia incompreendida de gênios da humanidade.

Ai dor, serás patológica? Dor que algum tumor maligno causa em minha cabeça... Ou és apenas fruto da minha imaginação fértil que faz peso? Uma tonelada de imaginação fértil. Imaginação doída de se ter.

Mas dor... E se fores sentimental? De fundo psicológico? Daí não tem a justificativa de porque a cabeça pesa, ou então é justamente o “peso na consciência” de não ter feito ou ter feito algo. Arrependimento pelo não feito (pior arrependimento que existe) ou pelo feito, que também é um peso meio ruim de ter.

Mas se for psicológico, de uma coisa tenho certeza. A dor de cabeça é bem mais persistente que eu. Bem mais...

Então descobri, afinal, a cura. Aliás, eu remediei. Tomei uma pílula milagrosa que me fez parar de pensar em algo patológico e psicológico e me deu sono... Dormi e dessa vez não sonhei e nem fiz nenhuma teoria mirabolante sobre o que no momento parecia que ia ter fim.

Solução para essa dor? Lógico que tem. Jogue fora sua cabeça e compre outra nova e mude novamente toda vez que a dor for iminente. Ou então desista da sua cabeça meu amigo, pois certamente ela irá doer algumas vezes na vida. É... Nada tem só seu lado bom... Quer alguma pílula milagrosa pra isso? Eu também quero!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vida Nômade

Ser sedentário é fácil, é muito além de um hobby. Já o nomadismo é para poucos. Nômade, é o que tenho tentado ser. Que fique claro que não estou falando do sedentarismo propriamente dito, não estou falando dos meus surtos eternos de preguiça ou a grande disposição que tenho de passar horas numa rede. Tcs tcs, nada disso.

Estou falando de mudar a rotina. Ir de encontro ao novo, com as coisas mais simples. Chegar numa pizzaria e ao invés de optar pela pizza de sempre, de peito de peru com catupiry, pedir uma de strogonoff, por exemplo. Não quero sentir o mesmo gosto toda vez, com a mesma soda com gelo e limão. Se você não faz questão mais nem do cardápio, acho que tá na hora de rever os conceitos.

Trocar o supermercado do lado de casa e ir num um cadin mais distante, só pra ver o que há de diferente na estrutura, nos produtos, na disposição dos corredores. Não quero entrar no lugar, seguir em frente, virar à direita e seguir em frente novamente até a segunda fileira de prateleiras, pra pegar o macarrão. Dá pra fechar o olho e ir colocando as coisas no carrinho. Não quero encontrar a mesma moça simpática de mais ou menos 1,60m, de aparelhos nos dentes e que vive com o cabelo preso. Ok, essa moça é de praxe em todos os supermercados do planeta. Mas, que seja, chega disso!

Vou desligar o automático e prestar mais atenção em tudo que me cerca. Dá pra questionar um pouco mais o mundo. Chega, chega! É hora de olhar a mesma coisa por outro ângulo. Olhar outras coisas. Chega de rir das mesmas piadas, quero novos motivos pros risos! E renovar também as lágrimas. Sim, se chatear com as mesmas coisas não dá mais! Quero mandar novas pessoas pra patacapareu! As mesmas já não levam isso a sério. Renovar é preciso. E ficar acomodado na mesma vidinha de sempre, fazendo as mesmas coisas a tempos, não leva nem até a esquina.

Não é uma questão de mudar de identidade, perder suas características ou simplesmente abdicar das coisas que gosta. Se gosta muito da bendita pizza de peito de peru com catupiry, peça essa de uma vez! Se o supermercado ao lado da casa é melhor e mais conveniente, continue indo nele! Se o vizinho continua chato, continue mandando ele visitar a querida mãe! Mas o quanto de coisa que a gente perde por não querer ir de encontro ao novo, isso é verdade. Ou será que dá pra dizer que gosta mesmo de sorvete, se sempre pede só o de chocolate?

Vez em quando é bom largar o sedentarismo. Só não estou falando pra você deixar a rede numa tarde chuvosa de domingo. Não não, não é nada disso. Mas um bom sofá também tem o seu valor.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A chuva

Eu acho engraçado a minha relação com a chuva. Nasci na cidade onde a chuva tem hora pra cair, Belém do Pará. Eu sempre fui aquela pessoa que podendo, toma banho de chuva, costumo dizer que sempre morei em prédio mas fui criada em vila, então brincar na chuva fez parte da minha história!

Em Belém a chuva também é boa pra amenizar o calor e pra catar manga, qual o paraense já não fez isso?

Ai eu me mudei pra a terra da garoa. Aqui em São Paulo a chuva me parece mais triste, é uma chuva cinza… Achei inclusive, as pesoas mais irritadas pelo fato de estar chovendo.

E eu realmente sinto falta daquela chuvinha na hora do almoço com o sol brilhando. Onde a minha mãe sempre dizia que sol e chuva era casamento de viúva. Acho que aqui em São Paulo as viúvas não casam.

Nasci respirando água, na cidade onde quente e úmido não é só a temperatura, é oestilo de vida. É vim pra cidade da poluição, saí da selva amazônica pra Selva de pedra.

E a chuva? A chuva não é só um fenômeno climático, é parte da lembrança boa que Belém deixa.